segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Terceiro Lugar

Esse ano foi, talvez, o Carnaval mais difícil que participei. Nunca me embrenhei tanto nessa loucura que sempre amei. Mas, percebi o quão complicado é levar para a Avenida um espetáculo grandioso e surpreender a platéia que nos assiste. E, principalmente, os jurados criteriosos que nos dão calafrios. Complicado, mas gratificante a cada nota 10.

A Escola de Samba Vai-Vai passou por dificuldades, assim como todas ( eu imagino), no entanto o amor pelo pavilhão sempre fala mais alto, e claro um pouco da vaidade, que na medida certa faz o espetáculo engrandecer. Enfim, tornei-me frequentadora assídua do Barracão, do Ateliê, vi o Carnaval ganhando forma, sendo planejado, e finalmente sua constituição. E por milhares de vezes ouvia alguém dizer que o AMOR pela escola era o que levava a feitos inimagináveis, por exemplo: noites sem dormir; sem comer direito, a quem diga que até fim de relacionamento.

E esse amor fez com que o desespero tomasse conta de todos quando o carro abre-alas quase não entrou na pista. Passado o susto foi terrível lidar com tanta emoção, calor humano puro na passagem da escola. Aliás, algo que não falta para os componentes. Pois bem, passamos e fizemos nossa parte.

E na terça-feira, como será o resultado? Foi difícil, a cada nota baixa tristeza, e a cada 10 muita emoção, e no intervalo de uma nota para outra muita reza. Não custa nada pedir. Porém, o negócio é que já está escrito, os jurados já escreveram, e temos que nos conformar com o terceiro lugar.

Mas, se não ganhamos o que nos resta? Essa resposta é muito simples; o AMOR pela Escola; o AMOR pelo pavilhão; o AMOR que fez Paulinha Penteado bater no peito e dizer: “ Aqui é muito Vai-Vai” e deixar todos arrepiados. É simples e natural.
E vamos para o próximo Carnaval, com muita garra, alegria e união. Assim é Vai-Vai.

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